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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Adeus

Nota: embora não seja, mais uma vez, de todo memorável, as circunstâncias o tornam não apenas confortante, mas também necessário ao confronto face a face com a dor da perda. Detivesse eu a certeza de que um texto pudesse servir de meio de comunicação com os já falecidos, dedicá-lo-ia a meu avô, para sempre ausente, do dia de sua morte em diante.
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Compreendo que estejas triste,
Que o tempo te caia pesado,
E a luz que brilhou, no passado,
Apague a quem mais não existe.

Resiste, porém, tem coragem;
Não deixes o tempo parado.
Se não mais estou do teu lado,
Eis que ainda vivo em imagem.

Miragem posso ser, ao vento,
Se prometes manter segredo
Quanto a esta presença implausível.

Incabível é, e lamento
Por te ter deixado (com medo),
A permanência no tangível.

- E não derrames mais lágrimas 
Ao que não é reversível.

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(Heartbroken) Apple, 06-07/09/2011 - 01:21

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