Nota: tentei avidamente, mas deste não consegui gostar muito, decerto não é nenhuma obra-prima. Ainda assim, entretanto, cumpre ao propósito e diz a que veio. Leia-se: válido.
-------------------------------------------------------------------------------------------------Quão suscetível a mente
À arte da sedução!
Proíbes-me a dizer não,
Desde que ao corpo me esquente.
Quão audaz, dúbia, demente
Conversão a subalterno!
Ando na estrada do Inferno
(Abismo teu, tão somente).
E o corpo, não ele mente
Em cárcere, confinado
Às sombras, por mais tentado
Que à cobra esteja?
- Demente!
Que és cruel e indolente,
Já a isso aderi.
- Blasfêmia!
Mas quão inocente a fêmea...
Quão venenosa a semente!
Peco, e que a tanto me tente
A Cobra, a anfitriã
Dos prazeres da maçã
Rubra, sensual, ardente.
E se o Divino pressente
O êxtase condenável,
Condene-me à formidável
Vida no lar da Serpente.
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Apple, 06-07/09/2011 - 01:03
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