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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Éden

Nota: tentei avidamente, mas deste não consegui gostar muito, decerto não é nenhuma obra-prima. Ainda assim, entretanto, cumpre ao propósito e diz a que veio. Leia-se: válido.
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Quão suscetível a mente
À arte da sedução!
Proíbes-me a dizer não,
Desde que ao corpo me esquente.

Quão audaz, dúbia, demente
Conversão a subalterno!
Ando na estrada do Inferno
(Abismo teu, tão somente).

E o corpo, não ele mente
Em cárcere, confinado
Às sombras, por mais tentado
Que à cobra esteja? 
- Demente!

Que és cruel e indolente,
Já a isso aderi. 
- Blasfêmia!
Mas quão inocente a fêmea...
Quão venenosa a semente!

Peco, e que a tanto me tente
A Cobra, a anfitriã
Dos prazeres da maçã
Rubra, sensual, ardente.

E se o Divino pressente
O êxtase condenável,
Condene-me à formidável
Vida no lar da Serpente.

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Apple, 06-07/09/2011 - 01:03

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