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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Yellow


No dia seguinte ninguém morreu. - José Saramago, As Intermitências da Morte 


Prólogo

A cidade podre gangrenada até os ossos. Todos os minutos nascem dois e morrem quatro - exceto aqueles minutos em que nascem quatro e morrem dois. A cidade preta e cinza e em ebulição e suada e perecida e amarela sob o calor infernal, e de tanta sujeira chove preto. O preto na chuva e o amarelo no sol escaldante. A cidade feia.

No dia seguinte morreram quinhentos. No outro seiscentos, no quarto já mais não sei, e foi- se o quinto, foi-se o sexto, foram quarenta e dois dias debaixo de insolação desgraçada na cidade X banhados em sangue e vísceras, assim #3008 acompanha de dentro de casa através da fenda cúbica na parede, “janela”, chamam, janela? Pastiche. A janela não é janela, a casa não é casa, que fizeram eles, que fizeram? 
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